Perdoem-me os desabafos…
Lamentavelmente, acreditar que os riscos irão acabar, é pura teoria….
É visto nos dias atuais, uma desarrazoada maneira de expor pensamentos na mídia, sem, no entanto entender o que está acontecendo de fato.
Mas uma coisa curiosa é que, onde as palavras parecem estar acorrentadas, e muitas bocas instigantes, professam acreditar no surrealismo dos fatos!
Por mais que estejamos argüindo sobre manchetes lançadas por algum fidalgo, não podemos esquecer das lonjuras que o homem percorreu pra se chegar até aqui.
Lua ou luzes distantes preconizam que estamos mais próximos do abismo do que imaginávamos. Há tendências de que teóricos afirmem sobre nossos procederes (des)humanos.
Na mais alta tecnologia, a filosofia dos tolos é inexistir nos gaps criados pelas necessidades subsistenciais verbais. Se falo, me falam com frases pré-concebidas e vazias.
Se penso, me pensam com sentidos pretextuais e medíocres.
Se ando, me andam com propósitos desordeiros e desconexos.
Se olho, me olham com dardos burocráticos e dependentes.
Se emudeço, me calam com rigores e censuras.
Se esqueço, me esquecem por alguns segundos e murmuram.
Se murmuro, me expulsam dos templos e dos átrios.
Arquitetar uma estratégia contra todos esses rudimentares elementos, é cair numa falácia homogênea de gentios.
Pude constar que minha alcova, perdeu seu valor quando encontrei nela, retratos daqueles os quais estendi minhas mãos trêmulas e biologicamente decadente.
Entendi que não vale arriscar nas sombras, ou nas saudades, ou nas auto-cobranças do passado, é importante suportar-se enquanto pode, porque seqüestrarão tudo aquilo que acumulei nos arquivos da vida!
Perdoem-me os desabafos… é que não consigo entender porque o homem cria tantos vales de lamentações!
(Fev: 18, 2004)