(Betto Gasparetto)
L – Azaleias Fúnebres (parte 5/5)

By Dall-E 3
I
Azaleias fúnebres, guardiãs da dor,
Em teu perfume, a memória persiste,
E em cada pétala, um murmúrio de amor,
Que a tristeza em silêncio assiste.
Nos jardins de mármore e de solidão,
Onde a noite em silêncio se esconde,
Repousam as flores em desolação,
Guardando segredos que a morte responde.
Em teu perfume, o luto se encerra,
Em cada flor, um pranto silente,
E em teu florescer, a alma se entrega,
A uma tristeza eternamente presente.
II
Azaleias fúnebres, flores do luto,
Em teu florescer, a memória vive,
E em cada botão, o coração absoluto,
Se entrega ao pranto que a tristeza revive.
Nos recônditos da noite eterna,
Onde o tempo em sua teia enreda,
Erguem-se as flores em sombra terna,
Guardando segredos que a morte se entrega.
Ó, flor sombria, de luto e saudade,
Em teu perfume, o espírito se afunda,
E em teu florescer, a dor invade,
O coração que na tristeza se inunda.
(Betto Gasparetto – iii/xx)



