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12 Maneiras de Como a Vida Nos Presenteia com Esperança Após a Perda de um Grande Amor

Posted in Sem categoria on 31 de dezembro de 2025 by Prof Gasparetto

(Betto Gasparetto)

By Kontext 2v1+InG Flux Schnell+ Starlight XL, Atomix XL v4 Lightning

1. Porque o fim é também uma semente

A dor de perder é o campo onde germina o novo.
O amor que se vai deixa raízes de sensibilidade.
É nas ruínas do afeto que o coração aprende arquitetura.

Toda despedida é convite à reconstrução de si.

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2. Porque o vazio ensina a respirar diferente

O silêncio que sucede o amor não é castigo — é pausa.
O corpo desacostumado ao abraço precisa redescobrir o ar.
E nesse ar há promessa de recomeço.

Quem aprende a respirar sozinho nunca mais sufoca.

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3. Porque o tempo, ao curar, refina a visão

O amor intenso cega; a ausência ensina a enxergar.
Depois da perda, o olhar se torna mais lúcido,
e o coração passa a escolher com sabedoria o que o toca.

A esperança nasce quando o sentir se torna consciência.

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4. Porque a solidão é mestra do autoconhecimento

Estar só não é estar vazio — é estar inteiro.
O silêncio da ausência revela o mapa do próprio ser.
No encontro consigo, a alma volta a ter voz.

E quem volta a si descobre a estrada da esperança.

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5. Porque o amor perdido se transforma em ternura universal

O amor que se foi não morre — amplia-se.
Deixa de ser posse e torna-se compaixão.
Aprendemos a amar o mundo quando deixamos de exigir retorno.

A esperança é o amor que amadureceu.

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6. Porque a memória se torna consolo, não prisão

Lembrar não é insistir, é agradecer.
A memória serve ao crescimento, não à dor.
O que foi belo deve ser guardado, não revivido.

A esperança floresce quando a lembrança se torna gratidão.

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7. Porque o sofrimento limpa os excessos do ego

A perda despede a vaidade das promessas eternas.
Dela nasce o ser mais simples e verdadeiro.
A dor retira o que era máscara e revela o essencial.

A esperança mora naquilo que resta depois do orgulho.

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8. Porque cada fim é uma forma de libertação

Nem todo amor termina: alguns se cumprem.
O ciclo se encerra não por fracasso, mas por plenitude.
É preciso reconhecer quando o aprendizado foi concluído.

A esperança surge quando o coração aceita o ponto final.

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9. Porque a beleza ainda existe, mesmo em outros rostos

Perder alguém não é perder o dom de admirar.
A vida é generosa com quem ainda sabe ver o belo.
Os olhos curados pela perda percebem novas cores.

E nelas, o mundo volta a sorrir.

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10. Porque o amor ensina mesmo ao partir

Nenhuma história é vã quando deixa sabedoria.
O que se aprende em amar é o que se carrega adiante.
A esperança é filha do aprendizado emocional.

O amor passa, mas o aprendizado permanece.

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11. Porque o perdão abre a porta da serenidade

Perdoar é compreender que a dor também amadurece.
Guardar mágoa é permanecer preso à sombra do outro.
Quem liberta o passado devolve leveza ao presente.

E a esperança renasce no coração que não julga.

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12. Porque viver é amar outra vez, de outro modo

A vida não repete, mas renova.
Cada novo amor é outra forma de encontrar o mesmo sol.
Quem compreende o valor da perda já sabe receber o novo.

E a esperança é o nome secreto desse recomeço.

(Betto Gasparetto – vii-mmi)

12 Maneiras de Recomeçar o SER sem Renegar o TER

Posted in Sem categoria on 30 de dezembro de 2025 by Prof Gasparetto

(Betto Gasparetto)

By Kontext 2v1+InG Flux Schnell+ Starlight XL, Atomix XL v4 Lightning

1. Aprende a caminhar sem o eco do ontem

A solidão não é ausência, mas ensaio.
Nela o ser se recompõe e se reconhece.
Quando o silêncio te educa, a vida floresce.

É preciso perder o ruído para escutar o coração.

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2. Constrói o recomeço com gestos simples

O primeiro tijolo da paz é a rotina serena.
Nas pequenas coisas mora a esperança.
Não busques fogos; acende a lâmpada interior.

A constância é a linguagem dos que renascem.

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3. Perdoa o tempo e seus descompassos

Nem todo atraso é perda.
O relógio do destino tem pausas de sabedoria.
Aceita o ritmo da espera e serás agraciado.

O tempo não castiga, ele lapida.

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4. Veste o olhar com nova inocência

Olha o mundo como quem o vê pela primeira vez.
O que foi dor, agora é moldura.
A paisagem muda quando a alma se abre.

A beleza sempre esteve ali — só precisava do teu olhar limpo.

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5. Aceita o passado como mestre, não como dono

O que viveste é livro lido, não sentença.
A memória é um jardim: colhe, mas não acampa.
Saber partir é também forma de agradecer.

A paz é o silêncio das culpas.

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6. Cultiva amores que sejam morada, não prisão

A paixão verdadeira é aquela que liberta.
Quem ama sem exigir eternidade toca o infinito.
O afeto maduro não teme o fim — floresce no presente.

A esperança é o nome secreto da liberdade.

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7. Reaprende a confiar nas manhãs

Mesmo quando tudo parece ruína, há alvoradas por vir.
O sol não pergunta se o campo está pronto.
Ele simplesmente nasce.

Recomeçar é aceitar o convite do amanhecer.

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8. Permite que a dor se torne arte

Não reprimas o que sente; transforma.
A lágrima é tinta para novos versos.
A ferida, quando aceita, escreve sabedoria.

O sofrimento que se compreende vira poesia.

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9. Abre espaço ao inesperado

O amor que chega não avisa; o destino é discreto.
Não o compares, nem o sufoques com lembranças.
O novo não cabe no molde do antigo.

A esperança respira em portas entreabertas.

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10. Confia na leveza que nasce da compreensão

O que parecia eterno terminou para dar passagem.
Nada do que é verdadeiro se perde, apenas muda de forma.
Deixa o vento levar o que já cumpriu sua missão.

A serenidade é o amor amadurecido em silêncio.

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11. Reaprende o toque e o riso

O corpo guarda a memória da ternura.
Deixa-o reencontrar o gesto e o som da alegria.
A emoção não morre: adormece à espera de coragem.

A vida recomeça no instante em que sorris sem medo.

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12. Faz da esperança o teu novo amor

Que tua paixão seja pelo que ainda virá.
Ama o que cresce, o que muda, o que renasce.
O futuro não é inimigo, é o abraço de amanhã.

Quem tem esperança jamais está só.

(Betto Gasparetto – vii-mmi)

12 Maneiras de como Viver, Dançar, Querer, Amar…

Posted in Sem categoria on 29 de dezembro de 2025 by Prof Gasparetto

(Betto Gasparetto)

By Kontext 2v1+InG Flux Schnell+ Starlight XL, Atomix XL v4 Lightning


1. Viver é o verbo mais corajoso

Viver é aceitar o inacabado.
É sorrir diante do imprevisto e agradecer o instante.
Não há roteiro perfeito — há presença.
Quem vive intensamente transforma o tempo em arte.

O viver autêntico é uma oração sem palavras.


2. Dançar é dialogar com o invisível

O corpo que dança escuta o ritmo da alma.
Cada gesto é uma resposta ao universo.
Dançar é deixar o mundo passar por dentro,
sem perder a própria melodia.

A dança é a linguagem da liberdade.


3. Querer é acender o fogo da vontade

O querer humano é centelha divina.
Desejar é afirmar o poder de existir.
Mas o querer sábio não é posse — é direção.
É o impulso que move sem aprisionar.

Quem quer com alma, já começa a realizar.


4. Amar é permanecer em movimento

O amor não é estátua — é correnteza.
Quem tenta detê-lo o perde.
Amar é fluir, renovar, recomeçar mil vezes.
É estar presente sem dominar.

Amar é dançar com o mistério do outro.


5. Viver é aprender a partir e voltar

Há chegadas que só acontecem após a partida.
O caminho ensina o valor do retorno.
Quem não teme o adeus, encontra novos inícios.
A vida se move em ciclos de despedida e reencontro.

Viver é voltar a si com olhos lavados.


6. Dançar é reconciliar corpo e alma

O movimento cura o que o medo paralisou.
Quando o corpo dança, o espírito sorri.
A gravidade se torna música,
e o chão vira cumplicidade com o céu.

Dançar é dizer “sim” à própria existência.


7. Querer é escolher com consciência

O querer cego devora; o querer lúcido constrói.
A maturidade nasce do equilíbrio entre desejo e serenidade.
Nem tudo o que se quer convém,
mas tudo o que convém precisa ser querido.

O querer sábio é o desenho da alma no tempo.


8. Amar é o dom de permanecer humano

O amor verdadeiro não idealiza — compreende.
É olhar o outro com ternura e limite.
É cuidar sem impor, e deixar sem abandonar.
Amar é aceitar o inacabado como sagrado.

Só o amor conhece o peso e a leveza da entrega.


9. Viver é recomeçar com elegância

O fim nunca é o fim: é travessia.
Quem vive com coragem transforma perdas em luz.
A vida pede não pressa, mas constância.
E cada novo dia é um convite a reescrever-se.

Recomeçar é a forma mais nobre de viver.


10. Dançar é lembrar-se de que se é livre

O corpo que se move é a alma que acorda.
Dançar é desafiar o tempo com graça.
É fazer da leveza uma filosofia.
E do instante, um altar de celebração.

A vida é breve — por isso dança.


11. Querer é confiar no que ainda não se vê

Nem tudo se conquista de imediato.
O querer verdadeiro persevera no invisível.
A fé é a forma silenciosa do desejo.
E o tempo é o guardião do sonho maduro.

Quem crê na semente, já colheu a flor.


12. Amar é devolver sentido ao mundo

O amor é a tradução do mistério em gesto.
É o verbo maior que abriga todos os outros.
Amar é reconciliar o humano e o divino.
E descobrir que a vida só se entende quando se oferece.

Amar é existir com gratidão.

(Betto Gasparetto – vii-mmi)

O Tempo é Apenas Moldura

Posted in Sem categoria on 28 de dezembro de 2025 by Prof Gasparetto

(Betto Gasparetto)

By Kontext 2v1+InG Flux Schnell+ Starlight XL, Atomix XL v4 Lightning

I

O corredor, tão longo e silencioso,
É ponte entre o ontem e o amanhã.
Nele o relógio soa vagaroso,
E o som do tempo é doce e humano.
Cada retrato antigo é testemunha
Do que o amor soube sem precisar dizer.
E o chão, gasto, suspira e se insinua,
Como quem lembra e tenta agradecer.
Na estante o tempo é apenas moldura,
E o presente, a maior pintura.

II

O jardim lá fora tem folhas velhas,
Mas nelas nasce o verde a cada outono.
As flores guardam chuvas e centelhas,
E o vento escreve o nome do abandono.
Mas mesmo o musgo, velho e paciente,
É prova de que o amor não apodrece.
A terra, sábia, aprende o que é presente,
E o fruto, lento, sempre amadurece.
E o destino, em paz, vê o ciclo exato:
A vida é casa em constante trato.

III

Nosso lar não tem luxo, tem sossego,
E a luz das tardes pousa no retrato.
O tempo, ali, se esquece de ter ego,
E a sombra aprende o dom do desacato.
Tudo é pequeno, mas cabível e inteiro,
Tudo é singelo, mas profundo e forte.
E a vida, enfim, se faz o verdadeiro,
Ao se abrigar nas janelas do norte.
A casa é verbo e verso, voz e chama,
E o teto guarda o rumor de quem ama.

IV

Se um dia o vento levar nossa morada,
O chão guardará o rastro dos degraus.
E o sol, ao ver, dirá: “Foi bem morada,
Pois teve riso, pão e ideais iguais.”
A vida, então, nos chamará de volta,
Para um quintal maior e sem fronteira.
E o amor, que é tijolo e fé mais alta,
Erguerá casa azul de primavera.
Nada se perde quando há ternura:
O lar é o tempo em forma de estrutura.

V

E quando o mundo em si desabar,
Restará a lembrança, firme e bela.
Nosso lar, que o tempo quis levar,
Ficará aceso como uma estrela.
A casa que o destino nos empresta
Não tem contrato, tem gratidão.
E o coração, que nela se manifesta,
É o telhado da criação.
Que seja eterna enquanto houver janela
E o teu olhar sorrindo dentro dela.

(Betto Gasparetto- viii-mmxxii)

A Casa Que o Destino Nos Empresta

Posted in Sem categoria on 27 de dezembro de 2025 by Prof Gasparetto

(Betto Gasparetto)

By Kontext 2v1+InG Flux Schnell+ Starlight XL, Atomix XL v4 Lightning

I

Há uma casa onde o destino mora,
Entre o agora e o que não se prevê.
Nela o silêncio fala e o tempo ora,
E cada quarto abriga o verbo “crer”.
As paredes guardam ecos de esperança,
E o chão, memória de passos antigos.
A janela abre em flor e lembrança,
E o teto é céu sem medo nem perigos.
Foi lá que a vida, sábia e benfazeja,
Assinou o contrato da peleja.

II

A casa tem janelas que conversam,
Com o rumor manso das horas lentas.
E as cortinas, que ao vento se dispersam,
Parecem véus de almas sonolentas.
Na sala há livros, risos, porcelanas,
E um abajur que acende devagar.
No canto o tempo escreve suas canas,
E o amor descansa para recomeçar.
Cada cômodo exala calma antiga,
E o ar respira em tom de cantiga.

III

A mesa é altar do pão e da conversa,
O vinho é prece, o gesto é comunhão.
O amor não fala alto, se dispersa
No toque simples de uma refeição.
O cheiro do café resume a vida,
O sol da tarde entra pelo vidro.
E o tempo, que não dorme nem duvida,
Se deita em paz no lume do abrigo.
Na cozinha o mundo se reequilibra,
E a alma encontra o tom que a reanima.

IV

No quarto, o lençol tem cheiro de infância,
O travesseiro guarda confidências.
E o corpo, em sua dócil relevância,
Encontra a fé nas próprias coincidências.
As janelas respiram o entardecer,
Com tons dourados de melancolia.
O amor, cansado, aprende a renascer,
E o sono vem em branda sinfonia.
Até o sonho aceita o que o destino
Chama de paz no chão do peregrino.

V

E se o tempo, um dia, nos pedir abrigo,
A casa abrirá as portas para ele.
E o destino, cúmplice e amigo,
Nos devolverá em forma de aquarela.
Pois o amor é lar, é luz, é chão:
A eternidade em construção.

(Betto Gasparetto- viii-mmxxii)