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Domínios Luz / Domini Luce

Posted in 04 Tetrassílabos, Poemas, Poesia on 13 de novembro de 2009 by Prof Gasparetto

atravessar
sem avisar
vai colidir
vai proibir

elementar
arremessar
sem existir
sem coibir

representar
qualquer falar
chegar até
chegar a pé

reinventar
qualquer andar
sem ter a fé
sem ter qualquer

aproximar
reencontrar
algum prazer
algum lazer

critinizar
algum lugar
pode ser jazz
pode ser mais

agonizar
sem ter um mar
cegar a luz
cegar um blues…

eternizar
pra retornar
ser como o som
mesmo sem dom!


—o—

attraversamento
senza preavviso
si scontreranno
vieterà

elementari
gettare
senza che vi
senza freno

rappresentano
no talk
raggiungere
a piedi

reinventare
l’eventuale piano
senza fede
senza alcuna

approccio
riscoprire
un piacere
alcuni per il tempo libero

critinizar
da qualche parte
essere jazz
essere più

agonizzare
senza un mare
luce accecante
un blues cieco …

perpetuare
pra ritorno
è come il suono
senza regalo!

Perfumes ao Vento (ou Rastros de Adeus) XVI

Posted in 04 Tetrassílabos, Crônicas, Pensamentos, Poemas, Poesia on 31 de janeiro de 2008 by Prof Gasparetto

XVI – HOJE

 I
Me magoei
Fingindo ser
Teu próprio ser…
Se não soubesse
O quanto é dose
Amanhecer,
Queria então,
Jorrar meus prantos
Em tua planta,
Formata-te em sílabas,
Sonhar-te em versos,
E crer no quando…

Criar no fundo
A base toda,
Uma palavras
Me emudece
No teu deserto
Agora úmido…
Se unifica
Nesta erosão
Partindo o peito,
Partindo o gesto!

II
Tento colírios
Vagando à toa,
Sonhadoras,
Somente vás,
Vão caminhando
Comendo ruas,
Na tua face…
Correndo frias
E mais difíceis
Em minha face!

E solto vai,
E vem teu hálito
Que vai fluindo
Intransitivo,
Que cravejando
Àquele álibi
Que ali tentei
Furtar teu fruto…

III
E, não tornou-se
Igual prazer
Sendo tão nômade,
Somente nomes
Vários sinais
Tangendo risos,
Frisos d’olhar!

Meio sonâmbulo
Há tantas coisas
Que não consigo
Despertar medos
Querendo ou não,
Murmuro só!

IV
É tão silvestre
Tua maneira
Que vou sentindo
Um ser selvagem
Dilacerando
As minhas células
Num só rugido! (…)

Rompem manhãs!
Tudo é normal;
O tempo torce
E se distorce,
Formando brisas
De uma garapa
De uma palavras
Que não tem gosto!

V
Tez de maçã
Tão orvalhada
Na própria chuva
Real bebida…
Real cicuta!

VI
Resta dizer
Que docemente
Teu corpo entoa
Aquele sonho
De olhar tristonho,
Que tem garoa
Que tem o vento
Em girassóis
De invernada…

VII
Me dói por dentro
Pelas paredes
A sede áspera
De não beber
Na tua boca
Outras palavras
Que no silêncio
Tu me sussurras:
-“Eu também quero!”

(Ago: 02, 2001)

Estantes

Posted in 04 Tetrassílabos on 31 de janeiro de 2008 by Prof Gasparetto

Um “Dela Mancha”
Talvez eu fora
Com um simples…
Como um ator
Que se desforra
D’uma alforria!…

Um ser constante
Que nos momentos
Tornam-se páginas
Na personagem
De qualquer livro,
preso no instante,
livre na estante!

(Mai: 05, 1981)

Manhãs Vazias

Posted in 04 Tetrassílabos, Crônicas, Pensamentos, Poemas, Poesia on 24 de janeiro de 2008 by Prof Gasparetto

Tenho acordado
Toda manhã
E recordado
As hortelãs…

Um chá bem quente
Pra despertar
Vens de decote
Me provocar!

Fico excitado
Com tuas manhas
E recordando
Quando me assanhas!

Beijo pequeno
Pra despertar
Conta um segredo
Só pra te amar!

Ficamos nus
De corpo e alma
Ao som dos blues
Tudo me acalma!

Ficas molhada
De hortelã
Qual minha amada
Toda manhã!

Tu me castigas
Quando me quer…
Provocas brigas
Minha mulher!

Tens me beijado
Toda amanhã
E me banhado
Em hortelãs!

Tão refrescante
Quando me beijas
Somos amantes
Tu me desejas…

E neste quarto
Nós dois tão loucos
Beijos exatos
Nossos encontros!

Se ficas louca
Beijas de vez
As nossas bocas,
Beijo francês!

Tenho acordado
Com teus segredos,
E recordado
Os beijos gregos!!!

Os lingeries
Cor de hortelã
Quase morri
Toda manhã!

Tenho acordado
Todos os dias
Do mesmo lado,
Cama vazia!!!!

(Ago: 11, 1981)